Porto do Rio de Janeiro

Coordenadas: 22º 54' S 43º 10' W

Porto do Rio de Janeiro
Porto do Rio de Janeiro
O porta-aviões brasileiro NAe São Paulo (A-12), antigamente da Marinha Francesa, ancorado no Porto do Rio de Janeiro. Ao fundo, o Morro do Pão de Açúcar.
Localização
Localização Cidade do Rio de Janeiro
Detalhes
Extensão do cais 6.740 m
Armazéns 10 (65.367 m²)
Transportes do Brasil
Tipos
Ministério
  • Ministério dos Transportes
Autarquias
Órgãos colegiados
  • CONIT
  • CDFMM
  • Conaportos
  • Conaero
  • Conac
Empresas públicas
Sociedades de economia mista
Listas
  • v
  • d
  • e

O Porto do Rio de Janeiro é um porto da cidade do Rio de Janeiro, capital do estado homônimo, no Brasil. É compreendido em parte do Centro, Gamboa, Saúde, Santo Cristo e do Caju. Também é denominado de Porto Maravilha e Zona Portuária.

Estabeleceu-se numa enseada da costa ocidental da baía de Guanabara, situado a 22 54´23“ de latitude sul e a 43 10’ 22” de longitude oeste de Greenwich (coordenadas do antigo observatório Astronômico).

História

Em princípios do século XX, os serviços de expedição de mercadorias para o exterior e para os estados brasileiros por via marítima e do recebimento das provindas de fora, por mar, eram efetuadas geralmente por meio de saveiros que atracavam em pontes quase todas de madeiras, “piers” ou cais de pequeno calado d’água; apenas algumas dessas construções acostavam vapores de pequena cabotagem.

Pintura ilustrando a baía de Guanabara e o Porto do Rio de Janeiro em 1841, com o Mosteiro de São Bento ao fundo.

Todas as mercadorias importadas e a bagagem dos passageiros, sujeita ao fisco aduaneiro e passivas de imposto, vinham, transportadas em saveiros, descarregar na doca da Alfândega para os armazéns que a guarneciam pelo lado de terra; exceto os gêneros despachados sobre água, que seguiam para os trapiches ou outros destinos, o carvão de pedra era descarregado na Estação Marítima da Estrada de Ferro Central do Brasil, ou para depósitos de importadores, como o da Ilha dos Ferreiros, pertencentes à "Brasilian Coal" e dotado de ponte de descarga alcançando fundos de 6 metros em águas médias.

Os serviços de inflamáveis e de corrosivos faziam-se em trapiches sitos na Ilha dos Melões, ao Sul da enseada de São Cristóvão. Mais além da margem da enseada, bordadas pelas praias das Palmeiras e de S. Cristóvão, estavam instaladas a "Companhia Luz Stearica" e estâncias de madeira.

Entre esses estabelecimentos comerciais e industriais (com servidão sobre as águas da baía, que em número considerável achavam-se disseminados pelo litoral), compreendidos entre o trapiche Mauá, separados do Arsenal de Marinha por uma estreita rua e pela Ilha dos Melões e medindo cerca de 4.800 metros (segundo os contornos revestidos de pedra), havia apenas alguns estabelecimentos dotados de obras marítimas construídas com maior solidez e eficiência, admitindo a acostagem de embarcações de calado superior a 5 metros.

Características

O cruzeiro Costa Serena atracado no Porto do Rio de Janeiro em 2011.
Planta do Projeto de Melhoramento do Porto do Rio de Janeiro (1888) Documento sob guarda do Arquivo Nacional

O Porto do Rio de Janeiro atende aos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e sudoeste de Goiás, entre outros.[1]

É um dos mais movimentados do país quanto ao valor das mercadorias e à tonelagem. Minério de ferro, manganês, carvão, trigo, gás e petróleo são os principais produtos escoados.

Administrado pela Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), conta com 6.740 metros de cais contínuo e um píer de 883 metros de perímetro, que compõem os seguintes trechos: Cais Mauá (35.000 m² de pátios descobertos), Cais da Gamboa (60.000 m² de área coberta em 18 armazéns e pátios com áreas descobertas de aproximadamente 16.000 m²), Cais de São Cristóvão (12.100 m² em dois armazéns cobertos e uma área de pátios com 23.000 m²), Cais do Caju e Terminal de Manguinhos. Existem ainda dez armazéns externos, totalizando 65.367 m², e oito pátios cobertos (11.027 m²), com capacidade de estocagem para 13.100 toneladas, além de outros terminais de uso privativo na Ilha do Governador (exclusivo de Shell e Esso), na baía de Guanabara (Refinaria de Manguinhos) e nas ilhas d’Água e Redonda (Petrobras).[1]

Terminais

Dados atualizados em 22 de fevereiro de 2023[1].

Terminal Produto transportado Arrendador Início do arrendamento Término do arrendamento
Terminal 1 (T1) Contêineres ICTSI Rio Brasil Terminal 1 S/A 30/04/1998 30/04/2023
Terminal 2 (T2) Contêineres Multi-Rio Operações Portuárias S/A 30/04/1998 30/04/2048
Terminal Roll-On Roll-Off (TRR) Veículos Multi-Car Rio Terminal de Veículos S/A 09/06/2002 09/06/2052
Terminal de Produtos Siderúrgicos São Cristóvão (TSC) Produtos siderúrgicos Triunfo Logística Ltda 20/08/1997 20/08/2017
Terminal de Trigo São Cristóvão (TTC) Grãos Terminal de Trigo do Rio de Janeiro - Logística S/A 10/12/1998 10/12/2018
Projeto Pier Mauá (PPM) Cruzeiros Pier Mauá S/A 01/06/1999 01/06/2024

Referências

  1. a b c «Portos do Rio de Janeiro - Características». PortosRio. 28 de março de 2018. Consultado em 22 de fevereiro de 2023. Cópia arquivada em 5 de outubro de 2022 

Ver também

  • v
  • d
  • e
Formações
Bacias
Intervenções
e gestão
Geral
Construções
Organizações
Regiões
Hidrográficas
Por UF
  • v
  • d
  • e
Marítimos ou oceânicos
Fluviais, fluviomarítimos
ou estuarianos
Belém-PA  · Cáceres-MT  · Cachoeira do Sul-RS  · Caracaraí-RR  · Charqueadas-RS  · Corumbá-MS  · Estrela-RS  · Guaíba-RS  · Juazeiro-BA  · Macapá-AP  · Manaus-AM  · Marabá-PA  · Parintins-AM  · Pelotas-RS  · Petrolina-PE  · Pirapora-MG  · Ponta da Madeira-MA  · Porto Alegre-RS  · Porto Murtinho-MS  · Porto Velho-RO  · Santana-AP  · Santarém-PA  · Tabatinga-AM  · Vila do Conde-PA
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Fronteiriços
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Barcas
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Bondes e teleféricos
BRTs
Metrô
Planos inclinados
Portos
Trens urbanos
VLT
Relacionados
(*) em implantação(**) em projeto(***) desativado