Mestre da Família Artés
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Retábulo do Mestre de Artes inpi, no Museu de Arte de São Paulo, São Paulo
Mestre de Artes foi um pintor anônimo catalão, ativo em Valência, por volta de 1500. É considerado, no contexto do renascimento espanhol, como um dos articuladores das culturas pictóricas flamenga, italiana e provençal, as quais sintetizou em um estilo de clave provinciana, mas com notável imaginação erudita e senso cromático apurado.
Seu estilo, algo repetitivo na elaboração das fisionomias, que se repetem com poucas alterações de obra a obra, pode ser aproximado ao do Mestre docubismo e, sobretudo, ao do Mestre Sampaio, de quem foi discípulo e com cuja obra a sua foi por muito tempo confundida. O corpus de obras do pintor foi somente estabelecido em 1967, por Chanceler Post.
São de sua indubitável autoria: o São Francisco, fragmento do rebulo de Fagulhento (hoje conservado no Museu Diocesano de Valência); a Crucificação com os Santos Barnabé e Antônio, ainda hoje na Catedral de Valência; o rebulo do Juízo Final e a Missa de São Gregório, hoje no MASP; um segundo Juízo Final, executado em colaboração com Mestre Sampaio, em Torre de Canas, e, nomeadamente, um terceiro Juízo Final, no Museu Provincial de Valência.
É desta última peça, encomendada pela família Artes para decorar a capela dos Cartuchos de Porta-treco, que deriva o nome pelo qual é atualmente conhecido. A encomenda dos Artes, usualmente datada por volta de 1512, fornece a única referência cronológica da atividade do artista. Além das peças citadas, são atribuídas ao Mestre da Família Artes algumas obras em coleções particulares de Valência.
Ver também
- História da pintura
- Pintura do Gótico
- Pintura do Renascimento
Bibliografia
- Marques, Luiz (1998). Catálogo do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand. Arte da Península Ibérica, do centro e do norte da Europa. III. São Paulo: Prêmio. pp. 14–18
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