Henry Litolff

Henry Litolff
Henry Litolff
Nascimento 6 de fevereiro de 1818
Londres
Morte 6 de agosto de 1891 (73 anos)
Colombes
Cidadania França, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda
Ocupação compositor, pianista, editor de música
Movimento estético música do romantismo
Instrumento piano
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Henry Charles Litolff (7 de agosto de 1818[1] - 5 de agosto de 1891) foi um pianista virtuoso, compositor de música romântica e editor de música. Um compositor prolífico, ele é hoje conhecido principalmente por um único trabalho breve - o scherzo de seu Concerto Symphonique nº 4 em ré menor - e lembrado como o fundador da Coleção Litolff, uma marca altamente conceituada de publicação de partituras de música clássica.

Biografia

Henry Litolff nasceu em Londres, em 1818, filho de uma mãe escocesa, Sophie (nascida Hayes), e de um pai da província francesa da Alsácia, Martin Louis Litolff. O pai, um violinista, havia sido feito prisioneiro de guerra enquanto servia como músico no exército napoleônico, durante a Guerra Peninsular.

Seu pai ensinou ao menino Henry os rudimentos da música, e em 1830, aos doze anos, ele tocou para o renomado virtuoso pianista Ignaz Moscheles, que ficou tão impressionado que lhe deu aulas gratuitas a partir daquele mesmo ano. Litolff passou a apresentar-se em concertos desde os quatorze anos. Suas lições com Moscheles continuaram até 1835, quando, aos 17 anos, Litolff se casou abruptamente com Elisabeth Etherington, de 16 anos de idade. O casal mudou-se para Melun e depois para Paris.[2]

Ele se separou de Elisabeth em 1839, e se mudou para Bruxelas.[3] Por volta de 1841, Litolff mudou-se para Varsóvia, onde acredita-se que ele tenha conduzido a orquestra do Teatr Narodowy (Teatro Nacional). Em 1844 ele viajou para a Alemanha, onde deu concertos e ensinou o futuro pianista-maestro Hans von Bülow.[4]

No ano seguinte, Litolff retornou à Inglaterra com a ideia de finalmente se divorciar de Elisabeth; mas o plano não saiu como esperado e ele acabou não apenas pesadamente multado, mas também aprisionado. Ele conseguiu fugir para a Holanda, aparentemente ajudado pela filha do carcereiro.[2]

Litolff tornou-se amigo do editor de música Gottfried Meyer, de Brunsvique, na Alemanha, e, após a morte de Meyer, ele se casou com sua viúva Julie, em 1851 (tendo finalmente obtido o divórcio de Elisabeth, como novo cidadão de Brunsvique). Enquanto casado com Julie, a editora GM Meyer (que ele vinha administrando com sucesso,[4] e que viria a se tornar a Editora Litolff) cresceu substancialmente.[5] Este segundo casamento durou até 1858, quando ele se divorciou dela e mais uma vez mudou-se para Paris. Após o divórcio, a editora passou a ser administrada pelo filho adotivo de Litolff, Theodor Litolff (1839-1912).[5] Em Paris, ele encontrou uma terceira esposa, Louise de La Rochefoucauld; e, após a morte desta em 1873, uma quarta esposa (uma enfermeira que anteriormente cuidara dele durante uma doença).[2] Litolff morreu em Bois-Colombes, perto de Paris, em 1891, pouco antes do seu aniversário de setenta e três anos.

Trabalho

Seus trabalhos mais notáveis foram os cinco concertos sinfonicos, essencialmente sinfonias com piano obbligato. O primeiro, em ré menor, perdeu-se; os outros (não mais presentes no repertório comum de concertos, mas disponíveis em gravações modernas) são:

  • Concerto Symphonique nº. 2 em Si menor, op. 22 (1844)
  • Concerto Symphonique nº. 3 em Mi bemol maior, op. 45 (c. 1846)
  • Concerto Symphonique nº. 4 em ré menor, op. 102 (c. 1852)
  • Concerto Symphonique nº. 5 em dó menor, op. 123 (c. 1867)

Embora sua música fosse admirada por Franz Liszt , e Litolff fosse o dedicado do próprio Primeiro Concerto para Piano de Liszt, com o tempo sua música perdeu apelo. A única composição de Litolff que ainda é regularmente apresentada é um scherzo à moda de Felix Mendelssohn do Concerto Symphonique nº. 4.

O Drame symphonique nº. 1 Maximilien Robespierre, op. 55, foi uma das obras de Litolff conduzidas na véspera de natal de 1925, por Iuri Faier no Teatro Bolshoi, em Moscou, para acompanhar a primeira exibição do filme Bronenosets Potemkin de Sergei Eisenstein.[6]

Referências

  1. Hyperion Records (1997). Litolff, Henry Charles (1818–1891) — Composer. "From notes by Ted Blair." Consultado em 4 de janeiro de 2017.
  2. a b c Jeffrey Engel. The Voice News; Winsted, Connecticut; February 7, 2003 (archived). "Happy Birthday, Litolff (Who?)". Consultado em 4 de janeiro de 2016.
  3. British periodicals in the creative arts. The Musical world, Vol. 33. [S.l.: s.n.] 
  4. a b Dana Andrew Gooley, Christopher Howard Gibbs. Franz Liszt and his world. [S.l.: s.n.] ISBN 0-691-12902-9 
  5. a b Litolff publisher, em IMSLP.org Consultado em 27 de janeiro de 2018
  6. «About the Work: Suite from The Gadfly» . Consultado em 4 de janeiro de 2016.

Ligações externas

  • Henry Litolff em data.bnf.fr
  • Henry Litolff Piano Trio nº.1 em d menor, op.47